EPIDEMIA DE CALAZAR: É preciso ações imediatas
Tocantins 24h

Desde 2014 vem sendo divulgado pela imprensa o aumento de casos de Calazar na cidade de Palmas. Hoje temos uma epidemia, confirmada, sendo Araguaína a que tem mais casos, seguida de Palmas. Mas parece que para o CCZ - Centro de Controle de Zoonoses essa situação não afeta muito, pois mesmo que proprietários de cães façam os exames particular e o resultado seja positivo, existe a dificuldade para o CCZ buscar os animais.



Carlos Furtado/Tocantins 24h


O aumento do calazar nos cães incidiu no aumento de humanos com leishmaniose. Araguaína lidera, foram  32 diagnósticos entre janeiro e novembro de 2018, em seguida vem Palmas com 28 casos, depois Gurupi com 20.


Mesmo com aumento o calazar em cachorros e humanos encontra-se um gargalo no combate a epidemia. Para fazer o exame, em Palmas, demora até 50 dias para sair o resultado, em Araguaína tem casos em que já ocorreram 90 dias e o proprietário ainda não obteve o resultado.


Mas existe uma alternativa, pelo menos para os que tem condições de pagar, são clínicas veterinárias particulares que fazem o exame e cobram em média R$ 100,00. Mesmo assim não desobstrui esse gargalo de ineficiência dos CCZs. Já que mesmo estando com o laudo confirmado ao se ligar para que busquem o animal infectado a resposta é não existir uma previsão do dia que isso ocorrerá, e acompanha uma sugestão, que o proprietário leve o cão até o CCZ.


Os proprietários que tem condições de pagar exame particular, logicamente tem condições de levar seu cachorro para o CCZ para ser eutanasiado. Mas e a população carente, fica desassistida? No momento em que vemos o crescimento (epidemia) de Leishmaniose em todo o Estado a vigilância sanitária anda na contramão, não só em Palmas, mas  em todo Estado.


Vivemos uma grave crise na Saúde Pública e é necessário que seja implementada uma operação para resolver os casos já existentes e combater essa epidemia que se alastra, e que vem tendo seu crescimento (anunciado) desde 2014. O que não pode é a população ficar abandonada num momento tão crítico,  tendo que lidar com a perda do animal, que faz parte de sua família, e ainda enfrentado o "corpo mole", ou falta de estrutura dos orgãos competentes,  que deveriam ter uma solução rápida e eficiente. Para o Estado as ações de prevenção e combate ao Calazar deve ser feitas pelos municípios.


A demora no exame dos animais e na busca dos que estão positivados, contribui para a proliferação, com o agravante da contaminação em humanos, que levará a mais custos para  as administrações já que implicará no aumento de casos nos postos de saúde.


O calazar é uma doença perigosa e precisa ser tratada. No caso dos animais, quando tiverem o exame positivado, existe a eutanásia, já em humanos se não forem tratados ocorrerá a morte.




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