Outubro vem aí, e agora candidatos?
Tocantins 24h

Enfim terminou a (fria) eleição suplementar, agora o foco são as eleições gerais em outubro. Com a manifestação dos eleitores desistindo de ir votar (abstenções) e muitos que foram votaram branco ou nulo, o que pretendem fazer os candidatos?


Carlos Furtado/Tocantins 24h


No primeiro turno da eleição suplementar alguns candidatos levaram um susto ao serem preteridos nas urnas, pior que isso, ficou evidente a rejeição de alguns deles, por exemplo, a senadora Katia Abreu, posicionada em quarto lugar viu que não tem mais "reinado", que sua grande rejeição é fato.


O ex-prefeito Amastha até que lutou, disputou votos com Vicentinho para chegar em segundo lugar, mas não deu, apesar de todo o esquema, estratégia e dinheiro despejado em Araguaína que lhe deu uma grande votação, surpreendendo muitos, mas esqueceu-se que o Tocantins tem outros 138 municípios. Talvez sentado em cima de seu ego tenha pensado que nos outros era o preferido. Enganou-se e perdeu.


Agora no segundo turno Vicentinho Alves recebe a confirmação que os tocantinenses não aprovam seu mandato de senador, e pior, não o aprovam como político. O que muitos já sabia, mas ele insistia em não acreditar. Desculpa de que o adversário utilizou a máquina pública é apenas para retirar de suas costas o peso da rejeição.


Mas outubro vem aí. Carlesse irá à reeleição, lógico, mas o contexto será outro, muitos que hoje fazem parte do seu grupo irão se agregar a outros candidatos. Mas quais candidatos? Amastha já começou sua pré-campanha, Márlon Reis já anunciou que será candidato. O MDB que apoiou Vicentinho ensaia o lançamento da deputada federal Dulce Miranda.


Se voltarmos a olhar para o primeiro turno vemos que Amastha foi preterido, Márlon também. O que eles acham que muda para outubro? Amastha terá que rasgar seu discurso de "Nova política", que de nova não tem nada, e negociar com os tradicionais se quiser ter alguma chance. Apenas os atos circenses não serão suficientes para conquistar votos. Dizer o que fez como prefeito abrirá precedente para se mostrar o que não fez, ou o que diz que fez mas não é bem assim.


Dulce tem o desgaste do marido Marcelo Miranda, recém cassado pela segunda vez, mas mesmo assim não deixa de ser um nome forte, além de ter por trás um grande partido. Se confirmada sua candidatura será um nome novo na disputa, mexendo no tabuleiro político e redefinindo posicionamentos de muitos políticos.


E o eleitor que em sua grande maioria repudiou 90% dos candidatos que querem novamente disputar em outubro, como reagirá nessa nova campanha? É, candidatos, terão que se reinventar, e mais que isso, mudar o jeito de fazer campanha. O tradicional, santinho, tapinha nas costas, compra de lideranças, carros de som poluindo sonoramente a mente dos cidadãos e comícios com público pago e muitas levados de outras regiões apenas para dar volume, não funciona mais.


Com as redes sociais uma grande maioria não perde mais tempo em ir a comícios, ouvir o eterno e maçante blá, blá, característico, e sempre utilizado. O voto é obrigatório, mas os tocantinenses demonstraram que preferem pagar R$ 3,50 do que perder tempo em votar no que não acreditam.

Comentários

Deixe aqui sua opinião e comentários sobre essa matéria.

Postagem Anterior Próxima Postagem

POLÍCIA

meio ambiente