Carlos Furtado/Tocantins 24h
Para demonstrar que era um bom administrador o ex-prefeito Carlos Amastha apresentou um balanço contábil que tinha fechado 2017 com saldo positivo de R$ 52,8 milhões. Só que não. O que ele fez foi, segundo o vereador Lúcio Campelo (PR), "maquiagem das contas do município, a famosa contabilidade criativa". Para isso cancelou empenhos no final de 2017, mas no início de 2018 reconheceu as dívidas e as pagou como orçamento deste ano. Dessa forma o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas mostra um déficit no primeiro quadrimestre de 2018 de R$ 35,7 milhões. O vereador Lúcio Campelo ressalta que "o rombo pode ser bem maior chegando à casa dos R$ 90 milhões".
O que Amastha fez foi a famosa "pedalada", o mesmo que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O exemplo de Amastha como bom administrador começar a ruir, a cada dia que passa. Se já não bastasse o escândalo do PreviPalmas, que aponta rombo de R$ 50 milhões nas contas do instituto, a atual administração se viu às voltas com outra "surpresa", a locação de veículos com o dinheiro proveniente das multas de trânsito, o que é irregular.
Tudo isso demonstra que o estilo "maquiagem" do ex-prefeito não foi só com relação à cidade, mas, principalmente, nas contas públicas. E agora começamos a ver que sua administração foi pautada em várias irregularidades.
O que fará a atual prefeita da Capital, calar-se diante de tanta irresponsabilidade? Assumir o ônus e ver sua administração naufragar? Ela tem demonstrado equilíbrio e seriedade, além de saber se relacionar politicamente entre os vários segmentos. A prova disso foi na quinta-feira, 28, na eleição da mesa diretora da Câmara de Palmas. Com habilidade terminou o pleito tendo os 19 vereadores favoráveis à sua gestão.