Governo amplia repasses para poderes e instituições, mas segue sem negociar com policiais
Tocantins 24h
O governador Marcelo Miranda fechou, nesta quinta-feira, 5 de março, acordo com a AL (Assembleia Legislativa), TJ (Tribunal de Justiça), Defensoria Pública, MPE (Ministério Público Estadual) e TCE (Tribunal de Contas do Estado) que amplia em mais de 50% os recursos para essas instituições e poderes. Enquanto isso, o Estado segue sem negociar e sem apresentar uma proposta concreta aos policiais civis, que tiveram uma conquista consolidada com mais de oito anos de luta suspensas por um decreto do próprio governador.
Da Redação

Em greve geral desde o dia 25 de fevereiro, os policiais civis lutam contra o decreto do governador que suspendeu os efeitos financeiros da lei n.º 2.158. A lei, sancionada em abril do ano passado, faz o alinhamento da carreira da Polícia Civil, deixando todos os policiais na categoria de nível superior.

“Até agora, o governo não apresentou proposta para o nosso alinhamento. O governador diz em público que não cederá a pressões, mas fecha acordo para aumentar os repasses a órgão e instituições em muitos milhões de reais. Está havendo uma desconsideração com esses mais de 1,3 mil policiais civis que arriscam, diariamente, a vida para defender a população”, salientou o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Moisemar Marinho.

O líder sindical lembra, ainda, que a parcela de 2015 prevista para o alinhamento das carreiras corresponde a apenas 1% da folha salarial do Executivo Estadual. Além disso, o montante, já considerando os encargos sociais que serão pagos pelo governo, representa apenas 21% do que o Estado vai gastar para pagar mensalmente os mais de 4,7 mil cargos comissionados.

Nesta semana, o governo ainda começou a gastar com a veiculação de um discurso institucional do governador, em virtude dos seus 60 dias de gestão.

“Nós não estamos lutando por benefícios. Nós estamos lutando para manter a nossa conquista que foi surrupiada. Os policiais, depois de oito anos de negociação, aceitaram receber o alinhamento em quatro parcelas (2015-2016-2017-2018) e mesmo assim não houve consideração com a nossa classe, que viu seu sonho arrancado por um decreto”, ponderou Moisemar Marinho.

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