Da Redação
Em greve geral desde o dia 25 de fevereiro, os policiais civis lutam contra o decreto do governador que suspendeu os efeitos financeiros da lei n.º 2.158. A lei, sancionada em abril do ano passado, faz o alinhamento da carreira da Polícia Civil, deixando todos os policiais na categoria de nível superior.
“Até agora, o governo não apresentou proposta para o nosso alinhamento. O governador diz em público que não cederá a pressões, mas fecha acordo para aumentar os repasses a órgão e instituições em muitos milhões de reais. Está havendo uma desconsideração com esses mais de 1,3 mil policiais civis que arriscam, diariamente, a vida para defender a população”, salientou o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Moisemar Marinho.
O líder sindical lembra, ainda, que a parcela de 2015 prevista para o alinhamento das carreiras corresponde a apenas 1% da folha salarial do Executivo Estadual. Além disso, o montante, já considerando os encargos sociais que serão pagos pelo governo, representa apenas 21% do que o Estado vai gastar para pagar mensalmente os mais de 4,7 mil cargos comissionados.
Nesta semana, o governo ainda começou a gastar com a veiculação de um discurso institucional do governador, em virtude dos seus 60 dias de gestão.
“Nós não estamos lutando por benefícios. Nós estamos lutando para manter a nossa conquista que foi surrupiada. Os policiais, depois de oito anos de negociação, aceitaram receber o alinhamento em quatro parcelas (2015-2016-2017-2018) e mesmo assim não houve consideração com a nossa classe, que viu seu sonho arrancado por um decreto”, ponderou Moisemar Marinho.