Foto publicada no T1 |
Por Carlos Henrique Furtado
Lucélia que era vendedora ambulante, vendia milho assado na avenida Tocantins, em frente ao Baianão da Construção, e estava se dirigindo para seu local de trabalho na garupa de uma bicicleta quando ex-marido chegou de moto, desceu e deu um soco no condutor da bicicleta, e partiu para cima da mulher. Lucélia gritou pedindo socorro, e alguns funcionários de uma empreiteira, que colocavam cerâmica nas casas, viram tudo e ninguem "se mexeu", conforme depoimento de uma moradora.
O pedreiro assassino. Foto publicada no T1 |
Choca o crime pelo motivo torpe e machista, mas a atitude de alguns homens que ouviram e viram o pedido de socorro de Lucélia, e não se "envolveram", e nada fizeram para impedir, choca ainda mais. Talvez seja o reflexo do ditado popular: "em briga de marido e mulher ninguem deve meter a colher". Uma pena que muitos ainda pensem assim.Ou então, estão "anestesiados" pela banalização da violência através dos veículos de comunicação, e veêm tudo apenas como mais um "espetáculo" ao vivo, que podem depois contar o caso como testemunha ocular.
Enquanto nossas leis não forem mudadas, atualizadas e, principalmente aplicadas com rigorosidade (como devem ser) continuaremos a nos deparar com casos como esse, cada vez com mais crueldade, covardia e cumplicidade (por parte daqueles que acham que "em briga de marido e mulher não se mete a colher".