Regime chavista impõe multa de US$ 13 milhões ao jornal El Nacional, um dos poucos redutos da imprensa independente venezuelana ainda de pé. Incomcebível a destruição de veículo de imprensa por reproduzir matéria totalmente baseada na verdade.
Da Redação/Tocantins 24h
A multa deverá ser paga a Diosdado Cabello, número dois do regime chavista segundo na hierarquia do regime chavista e vice presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela.
A multa é pelo jornal ter difamado o dirigente, lhes causando danos morais, em 2015, ao reproduzir informações do jornal espanhol ABC, também veiculadas por agências de notícias e outros meios de comunicação internacionais, sobre laços de Cabello com o narcotráfico.
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As publicações foram baseadas em declarações do capitão de corveta Leamsy Salazar, ex-chefe da segurança de Hugo Chávez e do próprio Cabello, exilado nos EUA.
A idoneidade da fonte, a doutrina jurídica da reprodução fiel, protegida pela jurisprudência continental, a obrigação do funcionário de tolerar críticas e a proteção especial da liberdade de expressão nada significam para tribunais sujeitos ao poder político e capazes de encenar esquetes, como o o julgamento de Leopoldo López — denunciado como farsa pelo próprio promotor uma vez no exílio — e as ações movidas contra a juíza María Lourdes Afiuni Mora, para citar apenas dois exemplos. (CLIQUE AQUI E LEIA esse Editorial do jornal O GLOBO).
CENSURA
O jornal venezuelano El Nacional trouxe, nesta quarta-feira, três espaços em branco com a palavra “censurado”. Trata-se de um protesto contra a medida do governo, anunciada na véspera, de proibir a divulgação de imagens violentas. A decisão do presidente Hugo Chávez foi tomada após o diário publicar uma imagem de uma pilha de cadáveres no necrotério de Caracas para ilustrar uma reportagem sobre a crescente criminalidade no país.
Em 2014 resistindo a perseguição do governo o jornal precisou reduzir sua tiragem.
Na última sexta-feira (31/1), o diário El Nacional, um dos maiores da Venezuela, retirou mais de 40% de suas páginas e reduziu sua impressão em uma tentativa de esticar o estoque escasso de papel e evitar seu fechamento, informaram os diretores. Os executivos revelaram que o editor-presidente viajou à Colômbia para procurar ajuda dos veículos do país.