A decisão do juiz Roniclay Alves de Morais nesta quarta-feira, 22, foi de suspender a portaria da Corregedoria da Polícia Civil que suspendeu dois delegados de Palmas por "insubordinação". Os delegados Wanderson Chaves de Queiroz e Gregory Almeida Alves do Monte eram responsáveis pela Operação Catarse, que investiga funcionários fantasmas no Governo do Tocantins.
Da Redação/Tocantins 24h
A alegação da Secretaria de Segurança Pública para punir os dois delegados foi que eles ameaçaram prender o delegado-geral Rossílio de Souza Correia, em dezembro de 2018. Isso porque Rossílio tinha decidido tirar os delegados da operação.
Para o juiz os delegados "atuaram apenas no intuito de assegurar a continuidade das investigações".
Os delegados foram afastados por tentativa de interferência do governo Mauro Carlesse (PHS), segundo apontou a categoria à Justiça.
Mas nota-se que os dois delegados estavam "incomodando" alguns parlamentares. Após cumprirem mandados na Secretaria de Governo, no Palácio Araguaia, onde foram encontrado indícios de 300 funcionários que recebiam sem trabalhar, foi o suficiente para que a operação fosse alvo de críticas, até do secretário de Segurança Pública.
Além disso nos gabinetes de deputados que foram alvos da operação, chegaram a prender três funcionários que comandavam um esquema em que assessores parlamentares tinham que devolver a maior parte do salário para pessoas ligadas aos parlamentares.