No encontro do Grupo de Lima, em Bogotá, sobre a crise na Venezuela, realizado na segunda-feira (25), O autodeclarado presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, fez apelo por uma maior pressão internacional ao regime de Nicolás Maduro e lamentou o "banho de sangue" promovido pelas tropas leais ao chavista nas fronteiras do país com a Colômbia e com Brasil .
Da Redação/Tocantins 24h
"O regime de Maduro pensa que bloquear a ajuda humanitária foi uma vitória . Eles cantam e dançam sobre os túmulos de indígenas", disse o presidente interino, referindo-se às mortes de dois indígenas baleados em confrontos com a Guarda Nacional Bolivariana na fronteira.
"A pressão está apenas começando. A pressão por parte de uma região determinada em recuperar as forças fundamentais na Venezuela. Não há um dilema entre democracia e a ditadura. A democracia deve prevalecer. [...] Estamos pedindo, honradamente, a ajuda e cooperação para avançar nesta pressão necessária", clamou o presidente interino aos líderes de 13 países que integram o Grupo de Lima, além dos Estados Unidos, representado no encontro pelo vice Mike Pence.
O discurso do venezuelano foi seguido por fala do vice de Donald Trump nos EUA, Mike Pence . Ele anunciou que os Estados Unidos anunciarão novas sanções contra o governo de Nicolás Maduro nos próximos dias.
O Brasil é representado na reunião pelo vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB) e pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Ambos viajaram ontem e, nos últimos dias, Araújo esteve em Pacaraima (RR) e na fronteira da Colômbia. Em nota, o governo brasileiro repudiou os atos de violência tanto nas áreas próximas ao Brasil quanto na colombiana.
Mourão manteve contatos telefônicos com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao longo do fim de semana para alinhar o discurso a ser defendido na reunião desta segunda-feira. O vice-presidente deve seguir a mesma linha de Guaidó e Pence e defender maior isolamento ao regime de Maduro .
Fonte: Último Segundo - iG