Carlesse desestrutura a Polícia Civil
Tocantins 24h

A tal reforma administrativa que aos poucos vai sendo publicada no Diário Oficial demonstra o desmonte da Polícia Civil e outros orgãos estaduais. Se já não bastasse a total desestruturação da saúde pública agora o Governo do Tocantins foca em abortar os agentes das investigações e os colocarem para vigiar as delegacias. Parece que o governador segue a música dos Titãs, Polícia para que polícia?



Carlos Furtado/Tocantins 24h


Já foi denunciado pela imprensa a intenção do governador Carlesse em parar as investigações, principalmente da Dracma, que pode "pegar" políticos aliados (leia-se deputados estaduais) que, alguns, malandramente utilizaram emendas parlamentares. A artimanha a ser utilizada será fundir delegacias e, assim, acabar com a Dracma. Dessa forma poderá ocorrer um desmembramento das investigações que acabarão não chegando a lugar nenhum.


Mas somos surpreendidos com  memorandos circulando em grupos dos delegados no whatsapp. O primeiro de 21/01 o Delegado Geral de Polícia Civil, Rossílio Souza Correia, direcionado à Diretora de Polícia do Interior, Raimunda Bezerra de Souza,  pede que seja feito uma "escala de plantão, de caráter extraordinário e temporário" dos agentes para cuidarem da "segurança orgânica das Unidade Policiais". A justificativa é a exoneração de contratados e comissionados.


Dessa forma os agentes que deverão trabalhar nas investigações serão relocados para vigiar a delegacias policiais. Parando os trabalhos investigativos.


A diretora Raimunda encaminha memorando (22/01) para os delegados do interior determinando o afastamento dos servidores exonerados, já que foi identificado que "alguns exonerados não se afastaram do serviço, continuando  exercendo suas funções normalmente", apesar da publicação no Diário Oficial nº 5.268 de 01/01/2019 em que "declara extintos os  termos de Compromisso de Serviço Público de Caráter Temporário e cargos comissionados de vários servidores que prestavam serviços nas Unidades Policiais do interior do Estado".


Ou seja, apesar das exonerações alguns servidores continuaram exercendo suas funções "sem amparo legal", por isso o imediato afastamento desse servidores e a relocação dos agentes para suprirem essas vagas.


A revolta em grupos de delegados no whatsapp está grande, hoje um delegado, publicou um desabafo:


"Primeiro não pagavam as indenizações e as diárias para os policiais investigarem em outras cidades, gerando INTERRUPÇÃO de diversos inquéritos.

Depois, nos tiraram as viaturas policiais descaracterizas, daí, além de varias investigações PARADAS, adicionaram-se diversas investigações com insucesso (diminuição da polícia em ações investigativas).

Depois, pararam de pagar os aluguéis das Delegacias, atrasando vários meses e deixando os credores em situação de total incerteza (temos Delegacias com ação de despejo).

Aí, além de recolher as viaturas descaracterizas, extinguiram várias Delegacias regionais, e aconteceu aquela lambança.

O fado continuou: bloquearam os consertos dos veículos, ou seja, as viaturas que estão sendo usadas (pouquíssimas), não podem ser consertadas se estragarem.

E veio mais: forçaram a utilização do sistema PPE, só que não aumentaram a velocidade da internet, e aí, a população sofre com demoras e atrasos para registrar uma simples ocorrência.

E continuou: mandaram todos os contratos temporários embora. Agora as Delegacias não possuem vigilantes, pessoal de limpeza e auxiliares administrativos, nada.

E para piorar: agora a chefia está ordenando escalar os agentes de polícia em plantão para cuidar dos prédios, fazer a função de vigia noturno.  

Estão querendo acabar com POLÍCIA CIVIL DO TOCANTINS, com a anuência dos que estão no comando da instituição pois, a cada dia que sempassa é uma pancada diferente. Caramba. Tá vergonhoso ser policial e viver esse desmando".


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