Caos na Saúde matou Beatriz Cirqueira em Dianópolis
Tocantins 24h

Quantas pessoas mais terão que morrer para o Governo do Tocantins  organizar a Saúde no Tocantins? Beatriz, 02 anos, começou a passar mal na quinta-feira, no domingo pela manhã faleceu, não se sabe de quê. Não tinha ambulância para transferi-la pra Palmas, não tinha condições de fazer ultrassom por não ter médico para realizar o exame. A família inconformada publica desabafo nas redes sociais e quer Justiça.




Carlos Furtado/ Tocantins 24h


Cinco dias após a morte de Beatriz ainda não se sabe o que causou seu falecimento, ou seja, até agora não se sabe o que tinha Beatriz, significa que não foram feitos exames e o atendimento no Hospital Regional de Dianópolis foi uma mera formalidade já que não se diagnosticou o que tinha a criança, e assim, não foi dado medicação para amenizar o sofrimento.


Relato da família

Beatriz começou a passar mal na quinta-feira, 10, a família procurou ajuda no Hospital de Dianópolis, a médica plantonista receitou soro. Como não tinha médico pediatra nenhum exame foi feito para constatar o que tinha a menina. Após o soro Beatriz recebeu alta.


Bem, acontece que sem se saber o que tinha e sem nenhuma medicação apropriada, a menina continuou reclamando de fortes dores abdominais, febre e vômitos. No sábado, 12, a família retorna com a menina ao hospital, o médico pediatra internou Beatriz mas por volta da 3h da madrugada a menina estava pior. Pensou-se em transferir  para Palmas mas, não tinha ambulância. Às 4h foi solicitada de Palmas, 320 km da cidade de Dianópolis, mas quando  chegou Beatriz tinha acabado de falecer, às 8h40.


Uma sequência de erros, ou descaso, marcaram essa história. Ultrassom não foi feito porque não tinha médico para realizar o exame. Hemograma a família pagou laboratório particular porque no hospital só seria feito no dia seguinte, e a situação exigia rapidez, pelo menos por parte da família.


Beatriz ficou internada mas não se sabia o que tinha, apenas para observação, só que isso não ajudou em nada a menina.  Não hora em que o quadro clínico se agravou não tinha ambulância para que se tentasse alguma coisa para salvá-la.


E assim, sem médicos, sem poder fazer exames, sem um diagnóstico para que pudesse ser medicada, e, talvez, resistir por mais tempo para que se combatesse o que a afligia, Beatriz sucumbiu ao caótico sistema público de saúde no Tocantins.


O descaso na saúde pública no Brasil já é rotina, mas no Tocantins chegou a níveis alarmantes, desesperador. Diariamente famílias tocantinenses choram a perda de entes queridos, lamentos, tristezas, mas, principalmente, revolta pela total falta de gestão e a irresponsabilidade com a vida humana.


Quantas Beatriz terão que morrer? Quantas pessoas mais precisarão estarem jogadas nos corredores dos hospitais tocantinenses à espera de atendimento, cirurgia ou medicamentos? Quando a sociedade se conscientizará de estarem abandonadas pelo Governo do Tocantins e transformarem as tristezas e lamentos em ação para cobrar das autoridades competentes uma solução?


Foi-se as Beatriz, Marias, Josés, mas ainda estaremos aqui solidário com todas essas famílias tocantinenses que enterraram entes queridos, ou que estão desesperadas nos hospitais do Tocantins na busca que mais um familiar não morra nesse emaranhado de descasos, negligência e desgoverno.


Vejam o desabafo do pai:


Leiam o relato da família de Beatriz:

Peço a ajuda de todos para esclarecer esse acontecimento.

No dia 10 de Janeiro na Quinta-Feira a minha irmã Beatriz Alves Cirqueira foi para o hospital Regional de Dianópolis com dor de barriga, diarréia, febre e vômito. Ela foi atendida pela médica, tomou soro e foi liberado por uma enfermeira pois no hospital não tinha médico pediatra.


No Sábado dia 12 ela retornou ao hospital com os mesmos sintomas, ficou de observação logo depois foi internada pelo Médico pediatra Danilo M. de Morais. Por volta das 3 horas da manhã teve seu quadro agravado, no hospital não tinha Ambulância para a sua transferência para Palmas então foi solicitado uma Ambulância móvel da Capital para cá por volta das 4 da manhã. 


Beatriz veio a óbito por volta das 8:40  logo em seguida a ambulância chegou más já era tarde demais. O hospital afirma que ela chegou em estado grave mas isso não foi o ocorrido, Ela chegou com dores abdominais é não foi feito a ultrassom pois não tinha médico para realizar o exame.


O hemograma foi feito em um laboratório particular pois o hospital ia fazer o exame só no dia seguinte.


Peço a ajuda de todos para compartilhar pois damos uma entrevista para o jornal más a história real foi distorcida.


Agradecemos ao Médico Danilo por toda a assistência dada por ele, pois fez o possível para salva-la, agradecemos a Dijalma Parente pela força que deu no momento de desespero no hospital.


Depoimento dado pelos Pais: Marlene Alves Bandeira e Marcelino Cardoso de Cirqueira.

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