O bolero da prefeita Cínthia Ribeiro
Tocantins 24h
Muita coisa que parece ser na verdade não é. Alguns posicionamentos da prefeita Cínthia Ribeiro (PSDB) parece esconder mais do que mostra. Ao dizer aos vereadores que estaria "limpando" resquícios do ex-prefeito, vê-se nomear Luiz Teixeira, um dos mais amathistas.


Carlos Furtado/Tocantins 24h


O ex-secretário de Amastha, Luiz Teixeira, já foi secretário executivo da Infraestrutura, Serviços Público e Saúde na administração do colombiano, agora ocupa a secretária executiva da Fundação Cultural de Palmas. Para políticos é a demonstração de que o "cordão umbilical não foi rompido, infelizmente", declarou um vereador.


Com isso aparece a declaração do PSB metropolitano acenando interesse em participar da gestão de Cínthia. Até aí parece normal visto que a prefeita não tem votos, foi eleita vice de Amastha, herdou a prefeitura quando esse renunciou para concorrer a governador. Ao perder a eleição seu grupo está desempregado, precisa o ex-prefeito colocar partidários na prefeitura e assim, manterem-se unido.


Por outro lado a prefeita precisa montar seu grupo político. Exonerou mais de mil e 100 servidores, demonstração de que as vagas seriam para nomear a pedido dos vereadores que decidissem compor sua base na Câmara de Palmas, e outros políticos. O senador derrotado Vicentinho Alves já emplacou 7 auxilares na administração.


Soou mal a declaração de que para ocupar as mais de mil vagas na administração os vereadores teriam que indicar seus apaniguados. Sabemos que esse "balcão de negócios" é uma prática usual no Brasil, embora nefasta. Ainda mais após vermos a Operação Furna da Onça, no Rio de Janeiro, onde 10 deputados estaduais foram presos por receberem mensalinho ou fazerem indicações para cargos na administração estadual, a preferência era no Detran, o que segundo a Justiça caracteriza compra de votos para que a administração aprovasse o que queria e da forma que quisesse.


Além disso acabamos de sair de uma eleição em que o povo brasileiro deu clara demonstração de que não quer mais esses tipos de práticas na política brasileira. Mas a Prefeitura de Palmas, na contramão do momento político, exonera milhares de servidores, sem a mínima preocupação com essas famílias desempregadas, se tinham contas a pagar, suas necessidades, jogadas dentro de um crise econômica, apenas para que a senhora prefeita possa nomear indicados por vereadores e políticos e assim ter uma base de apoio e se iludir que tem um grupo.


Esse bolero que a prefeita está dançando, dois pra lá, dois pra cá, não sai do lugar e ficamos sem saber  a que veio a sua administração, já que temos 7 meses e nada vimos até agora. A não ser seguir o estilo do ex-prefeito Amastha, e ficar no twitter mandando recados, discutindo, numa demonstração que ainda vive o deslumbramento do cargo que ocupa.

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