Redes sociais elegeram Bolsonaro
Tocantins 24h

A eleição de Jair Bolsonaro (PSL) demonstrou a força das redes sociais e mostrou que a maneira de fazer campanha política está mudando, ou mudou. Demonstrou a influência das redes sociais na formação da opinião do eleitor.



Carlos Furtado/Tocantins 24h


Ao contrário das mega estruturas utilizadas pelos candidatos, Bolsonaro em um canto da sala em sua casa, uma pequena câmera, conversou direto com os eleitores em lives diárias. Além disso disparou banners com mensagens pontuais e incisivas, reforçando seu discurso rígido perante uma corrupção que reina nos bastidores políticos, e o esfacelamento ético-político. Jair se posicionou como um político não tradicional, e disparou mensagens contra práticas condenadas pelos eleitores.

Foi o bastante para que eleitores insatisfeitos e desesperançosos, com tantas notícias de corrupção, prisão de políticos, partidos jogados na lama e bilhões desviados, captassem esse discurso. E assim, Bolsonaro  manteve-se num patamar de relevância – piso de visibilidade para que os pré-candidatos consigam gerar diálogo em volume suficiente para que sua mensagem seja ouvida e tenha potencial para ser usada como instrumento de persuasão na busca de votos.


A partir daí foi-se multiplicando as mensagens, atraindo cada vez mais eleitores e seguidores, aumentando diariamente os engajamentos,  juntou-se os eleitores que não queriam votar no PT e o resultado foi anunciado na noite deste domingo, 28.


Bolsonaro acumulou um capital de visibilidade e relevância por ter lançado sua campanha nas redes. O candidato do PSL que potencializou sua exposição e suas oportunidades de sensibilizar possíveis eleitores.


Também é fato a guerra das fakes news, que procuravam desconstruir imagens, desmerecer candidatos e atacar honras. Mas, afirmo que não acredito que Haddad ou Bolsonaro tenham perdido nenhum voto por causa de fake news, e nem ao contrário, que também tenham ganho eleitores.


A partir de agora os candidatos precisam aprender a utilizar as redes sociais ou ficarão excluídos do processo. E não basta, como ocorreu com muitos candidatos no Tocantins, publicar banners de campanha, e abarrotar a memória de celulares com material inútil. Os profissionais da política com alta relevância no mundo real não conseguiram o mesmo destaque nas redes, sem o engajamento esperado e que sustentasse a relevância no mundo digital.


A linguagem e o direcionamento de uma campanha pelas redes sociais vai muito além disso. Conversar com seguidores, proporcionar debates, utilizar  lives, e pontuar mensagens dentro do contexto dos seguidores e internautas.


Bolsonaro ensinou, e reinou absoluto nas redes sociais, a partir de agora é aprenderem.

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