Candidatos tocantinenses ao Senado não sabem utilizar as redes sociais
Tocantins 24h
Os candidatos a senador pelo Tocantins não sabem utilizar as redes sociais.
Entramos na última semana da campanha eleitoral com uma disputa acirrada para o Senado. Com Vicentinho Alves (PR) em primeiro, segundo alguns institutos de pesquisas, segue embolada a disputa pela  segunda vaga.


Carlos Furtado/Tocantins 24h


Na corrida para preencher a segunda vaga no Senado Eduardo Gomes (SD), César Halum (PRB) e Irajá Abreu (PSD) disputam eleitor por eleitor. Tecnicamente empatados essa ultima semana alguem terá que tirar coelho da cartola.

Vemos uma campanha insossa em que muitos candidatos não se adaptaram às redes sociais com 220 milhões de usuários ativos no Facebook, WhatsApp, Instagram e outros aplicativos de comunicação segmentadas, permanecem numa campanha tradicional, agregando apoios de vereadores, prefeitos e lideranças. Se isso resolvesse o senador Vicentinho Alves (PR) teria vencido a eleição suplementar para governador. Alves divulgava que tinha inúmeros prefeitos e lideranças lhe apoiando, o resultado foi o desprezo do eleitor tocantinense nas urnas.


Em tempos de redes sociais pouco valem esse tipo de voto de cabresto. Joga-se dinheiro fora sem a certeza do resultado prometido por esses cabos eleitorais que "vendem" seu apoio por favores ou dinheiro.


Mas voltando às redes sociais vemos que muitos candidatos  adotam uma prática comum durante a campanha é a digitalização dos “santinhos”. Como resultado, vemos usuários incomodados com o turbilhão desse tipo de conteúdo em sua timeline. Quem interage com este tipo de conteúdo são apenas militantes, profissionais da própria campanha ou usuários muito engajados. Ou seja, uma campanha de cima pra baixo sem a interação, em que os usuários apenas podem comentar, e são poucos que fazem, ou compartilhar.


O candidato deveria vender ideias, ao contrário de pedir votos. Mostrar para o seu público-alvo que você compartilha das mesmas mazelas do que ele e, além disso, tem soluções para elas. Postar, pelo mero ato de estar postando, nada tem a ver com campanha, significa apenas que você está marcando presença na rede.


Os eleitores participantes das redes sociais gostam da interação, de criarem memes e seus próprios banners, é só olhar o que fazem os eleitores de Bolsonaro, criam uma infinidade de banners, vídeos, e memes que são compartilhados em todo o Brasil. Marketing  nas redes sociais é um exercício criativo. Apenas republicar peças  de sua campanha vai ter efeito reverso, ao invés de te dar visibilidade, vai te fazer virar um ponto cego: as pessoas vêem o que você publica como vêem qualquer postagem de perfil.


E, principalmente a falta de interação do candidato com seus seguidores, muitos nem mensagens de whatsapp respondem, assim é dificil para o eleitor virtual. Um bom marketing não só responde, como trata de acompanhar os visitantes que mais interagem de maneira personalizada, sem respostas recortadas e coladas de um post para outro.


No Tocantins mais de 50% dos eleitores são jovens e mulheres, e eles estão diariamente conectados nas redes sociais. Mas a maioria dos candidatos ao Senados ou a estadual e federal, focam na campanha tradicional e por isso mesmo não tiveram os eleitores incorporados em suas campanhas, que ficam apenas observando.


Portanto vamos esperar o que as urnas eletrônicas irão nos revelar no dia 07 de outubro. Muitos irão chorar, já outros comemorarão a sorte de ter vencido já que não fizeram o trabalho de casa nas redes sociais. Economizaram nessa mídia importantíssima na campanha atual em detrimento de uma campanha tradicional.

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