Situação atropela a oposição e aprova LDO
Tocantins 24h
Depois de algumas tentativas finalmente foi aprovada a LDO - Lei de Diretrizes Orçamentária. A bancada da situação foi recomposta e atropelou as propostas da oposição. Foram 10 votos a favor do Executivo contra 9 da oposição.



Sérgio Marra/Boca Maldita(TO)

Terminou os 15 minutos de fama da oposição ao prefeito Amastha na Câmara de Palmas. Após alguns dias tendo a maioria na Casa de Leis, a oposição discursou, esbravejou, ameaçou, e pretendeu travar a administração, direcionando o que se votaria ou não. Mas a chantagem institucional foi enterrada na noite desta quarta-feira, 23, numa sessão extraordinária que votou a LDO.

Com a bancada da situação recomposta, voltando a ter dez vereadores, a Lei de Diretrizes Orçamentária foi aprovada sem alterações. A polêmica Emenda Impositiva, que obrigava o Poder Executivo a realizar as emendas parlamentares até o limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida do ano anterior, foi rejeitada.

Mas o que aconteceu para que os poucos dias de "glória" da oposição terminasse? Foi um forte vento que sobrou no plenário da Câmara na noite desta terça-feira, segundo um vereador "ventos Gentis", isso mesmo, o grande articulador que conseguiu recompor a base de Amastha na Câmara tem nome e sobrenome: Adir Gentil.

Na tarde de ontem os vereadores ficaram reunidos e chegaram a um acordo que retirariam a proposta de remanejamento de créditos de 30% para 5%, mas manteriam a Emenda Impositiva, e aumento de de 5% para a Educação, passando dos atuais 25% definidos pela Constituição, para 30%. Depois de acertarem decidiram que iriam abrir a sessão e colocar em votação. Mas aí chegou Adir Gentil, e em conversa com os vereadores decidiu que a Emenda Impositiva deveria ser rejeitada, e o percentual da Educação ficaria nos 25%.

Alguns vereadores da situação, para ser mais preciso, dois, "ameaçaram" votar com a oposição se fosse para rejeitar a tal emenda impositiva. Mas Adir utilizou de seu potencial de articulador, e como bom negociador que é aplacou certa instabilidade na bancada de apoio ao Executivo e definiu a votação, o que deveria ou não ser aprovado.

Dito e feito. Ao abrir a votação, que foi nominal, assim os vereadores teriam que declarar seu voto, ficando mais dificil uma traição, a bancada se manteve unida e votou o Projeto de Lei nº 28/2017 na sua íntegra, sem nenhuma modificação.


A Estratégia

A derrocada dos 15 minutos de fama da oposição começou quando o vereador Ivory de Lira, que é suplente de deputado, precisou assumir a vaga de Junior Evangelista (PSC) que foi nomeado secretário de Habitação. A oposição pressionou Ivory para que não assumisse, pois com sua saída assumiria o suplente Moisemar Marinho (PDT) que conhecidamente vota com o Executivo.

Apesar da pressão dos vereadores  Ivory assume na Assembléia, e assim, os vereadores que "viajavam" em balões momentâneos de Poder, caíram de volta à realidade e voltaram a ser minoria.

Com tudo isso Adir Gentil demonstra que política se faz com estratégia, com acordos,e não com inflamados discursos, que pretendem ser populista. Que sirva de lição, que política não se faz com vingança, nem retaliação por ter sido excluído da base e perdido suas vantagens pessoais, como uns dois "combativos" vereadores que participavam da administração mas ao serem excluídos por serem insaciáveis em suas reivindicações pessoais, tornaram-se paladinos defensores do povo, balela.
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