Seguranças rasgam cartaz contra auxílio-moradia e Bonifácio manda se manifestarem na "baixa da égua"
Tocantins 24h
Foto Conexão Tocantins
Do lado de fora da Assembleia Legislativa do Tocantins, vários manifestantes protestaram contra o auxílio-moradia, no valor de R$ 3,8 mil, para os 24 deputados estaduais, durante a solenidade de posse no domingo, dia 1º. Apesar das faixas e cartazes, os veteranos e novos parlamentares ignoraram a manifestação. Os organizadores do protesto não conseguiram entregar uma petição com mais de 3 mil assinaturas pedindo o cancelamento do auxílio. O ato foi organizado pelo Comitê em Defesa da Cidade de Palmas.
Da Redação

A manifestante Bernadete Aparecida Ferreira até que conseguiu entrar no plenário da Assembleia Legislativa (AL), durante a posse dos deputados para mostrar um cartaz contra o auxílio-moradia, no entanto, os seguranças da Casa retiraram a manifestante a força, rasgaram seu cartaz e tomaram sua faixa.

Bruna Meneses, outra integrante do movimento, lamentou o episódio e conclamou a população a se manifestar e lutar contras as injustiças sociais. “A Assembleia Legisaltiva é lugar de manifestação, debates de ideias e opiniões e o papel dos nossos representantes é fiscalizar e elaborar projetos de leis em prol da nossa população, e não a eles próprios. É revoltante uma cidadã não poder manifestar de forma pacífica na casa dita Casa do Povo”, lamentou.

Já o deputado estadual José Bonifácio, que fala pelos cotovelos, disse que não tem medo desses “movimentosinhos” e mandou os manifestantes reclamarem no Supremo Tribunal Federal (STF), onde os ministros também recebem auxílio-moradia.

O parlamentar disse ainda que está aberto para discutir sobre o auxílio e apresentar seus argumentos, mas “eles vão se manifestar na baixa da égua”. “Eu não estou nem ai pra eles. Eu não sou hipórcrita”, disse Bonifácio, ao site Conexão Tocantins.

Impacto

O auxílio-moradia irá gerar um impacto de R$ 1.094.400,00 por ano.

Os organizadores do abaixo-assinado justificam que o Tocantins possui um déficit habitacional de aproximadamente 93 mil moradias. Para os manifestantes, o auxílio é desproporcional diante das condições de moradia de grande parte do povo tocantinense e da real demanda por moradia, além de ilegítimo, por ter sido votado no “apagar das luzes” de 2014, impossibilitando quaisquer debates e ponderações da população - que é o efetivo titular do poder público.

Em 2013, o benefício foi instituído, mas revogado após grande pressão de entidades e da sociedade.

Além das remunerações, cada deputado estadual tem um limite de gasto mensal de R$ 47,4 mil de verba de gabinete - utilizada para contratações. E o limite anual de R$ 320.920,20 da Cota Despesa de Atividade Parlamentar (Codap). O salário ainda será aumentado para R$ 22 mil para esta nova legislatura.

Fonte: Portal Arnaldo Filho
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