Segundo a Technology Review, uma startup americana chamada Qnovo está desenvolvendo um software que, durante o carregamento do celular, monitora constantemente o fluxo de energia que entra na bateria - e ajusta esse fluxo para carregá-la mais rápido.
Isso pode até mesmo ajudar a prolongar a vida útil da bateria. Funciona assim:
Quando um celular equipado com a tecnologia da Qnovo é conectado a um adaptador, o software envia um pulso para a bateria. A resposta de tensão que vier da bateria oferece informações sobre o status dela, tais como a sua temperatura atual e como ela foi carregada no passado. Isso permite à Qnovo determinar a quantidade de energia que pode ser fornecida pelo adaptador, e significa que a bateria pode ser carregada o mais rápido possível, minimizando sua degradação.
O resultado? Após quinze minutos de carga, a bateria dura por até 3h de ligações com o software da Qnovo; normalmente, ela duraria por apenas 1h30min de conversa. No teste abaixo, com um Nexus 5, a bateria carrega duas vezes mais rápido que o normal:
Normalmente, aumentar a quantidade de energia fornecida à bateria pode causar danos, mas a tecnologia da Qnovo aumenta a tensão na medida do razoável, e continua checando a bateria para maximizar a sua carga.
E a melhor parte é que tudo isso depende do software QNS, que roda no Android (com processador Qualcomm Snapdragon) e no Windows. A Qnovo não o oferece para download, mas afirma que sua tecnologia irá aparecer em alguns smartphones já no ano que vem, sem dizer quais fabricantes estão interessadas.
A empresa também desenvolveu um chip dedicado, que monitora a bateria e permite carregá-la ainda mais rápido que seu software - oferecendo 6h de ligações após quinze minutos de carga. No entanto, ele precisa ser embutido no smartphone.
Esta não é a primeira tecnologia para carregar a bateria o mais rápido possível: temos a Quick Charge 2.0 da Qualcomm, por exemplo. Em testes, ele faz baterias chegarem a 60% em meia hora, contra 12% por métodos convencionais. A tecnologia está presente em dispositivos como o Sony Xperia Z2 e o HTC One (M8).
Mas ter algo semelhante sem precisar de hardware novo? Dado que as baterias evoluem a um ritmo mais lento que a demanda dos smartphones por energia, mal podemos esperar por isso.