Da Agência Brasil
“Uma escola de meninas da Agência da ONU para Refugiados da Palestina [UNRWA, na sigla em inglês] em Gaza atingida diretamente por bombardeios israelenses provoca mais deslocamentos e destruição”, escreveu a agência no Twitter.
Mais de 118 mil palestinos abandonaram seus lares por causa dos bombardeios. Os refúgios da ONU estão lotados e em Gaza, uma faixa de 360 quilômetros quadrados, não há para onde fugir. As saídas para Israel e para o Egito estão fechadas.
A agência da ONU confirma ter encontrado em pelo menos dois de seus abrigos munição de grupos terroristas, provavelmente do Hamas e da Jihad Islâmica, mas afirma que isso não pode ser uma desculpa para que Israel não poupe o pessoal médico e as crianças dos ataques.
A imprensa internacional também foi atingida nesta terça-feira. Um avião de combate israelense bombardeou, sem provocar vítimas, o último andar de uma torre de apartamentos no centro de Gaza, onde estão localizadas a sede da rede de televisão Al Jazeera e os escritórios da agência de notícias norte-americana Associated Press.
“Nos disseram que foi um erro, mas que seria melhor que não voltássemos a nos aproximar da área”, explicou um dos jornalistas, protegido com colete e capacete.
Na busca pelos túneis subterrâneos do Hamas, as tropas israelenses bombardeiam instalações civis, como um hospital, atingido ontem (21). Durante a madrugada, pelo menos sete palestinos morreram em um novo bombardeio, cinco deles da mesma família. A aviação israelense também atingiu uma mesquita construída no centro de Gaza, poucas horas antes da oração diária dos fieis.
Nesta terça-feira, Israel registrou o desaparecimento de um de seus soldados. O militar foi declarado “desaparecido e presumidamente morto” pelo Exército israelense. Tudo indica que o tanque em que o soldado estava foi atingido por um foguete e explodiu.