Apenas 18% do orçamento da saúde é destinado à compra de materiais
Tocantins 24h
Foto: Reprodução/TV Anhanguera.
Um relatório feito pela própria Secretaria de Saúde do Tocantins e divulgado pelo Ministério Público Estadual revelou a situação nos hospitais públicos do estado. Do orçamento geral da saúde no Tocantins, 82% são destinados à folha de pagamento. Apenas 18% para o custeio, compra de materiais e medicamentos e 1% é aplicado em investimentos.
Da Redação

O valor das despesas também chamou a atenção da promotoria de justiça. No Tocantins há 1.764 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). O custo médio de cada um é de R$ 53 mil por mês, apontou o relatório. “O problema de saúde não é somente o HGP [Hospital Geral de Palmas], não diz respeito somente ao secretário de estado da saúde, mas de todos os secretários e das regiões que foram divididas e que precisam se organizar para que a população receba um serviço de qualidade. Os gastos com cada leito de hospital giram em torno de R$ 53 mil. Era para a população estar bem atendida”, afirmou a promotora de justiça Maria Roseli de Almeida Pery.

Segundo o relatório, a quantidade de servidores da saúde cedidos a outros orgãos e a falta de nomeações dos candidatos aprovados em concurso resultam em dificuldades no fechamento das escalas dos hospitais e motivam plantões extras, gerando mais gastos.

O levantamento, segundo a promotoria, destacou ainda a necessidade de desativaçao de hospitais improdutivos que geram altos custos e a construção de um hospital municipal de urgência e emergência para que o HGP cumpra a função de atender somente pacientes de alta complexidade.

Este é o primeiro relatório publicado pela própria Secretaria de Saúde identificando as falhas. Em nota, a Secretaria de Saúde do Tocantins disse que está fazendo um levantamento nas unidades de saúde para saber quais as necessidades dos profissionais de cada área. A secretaria afirmou ainda que está fazendo um inventário do estoque de medicamentos, materiais e insumos para realizar uma compra mais eficiente. Quanto à desativação de hospitais, o órgão informou que não tem nenhuma resolução sobre o assunto. (G1 TO. Foto: Reprodução/TV Anhanguera).

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