Manifestantes participam de ato em Washington em 9 de maio de 2014, pedindo sanções dos EUA ao governo da Venezuela. Foto: AFP/Arquivos |
Da Redação
Em mensagem no Twitter, Ramírez revelou que foram soltas "quatro pessoas com deficiência auditiva" detidas nos acampamentos "ilegais", que se somam a 12 menores já libertados após a operação.
Unidades policiais invadiram na madrugada de quinta-feira os quatro acampamentos de estudantes opositores, em diferentes pontos de Caracas, o principal deles perto do escritório da ONU.
O ministro do Interior, general Miguel Rodríguez Torres, justificou a operação alegando que os acampamentos eram usados como esconderijos de grupos "violentos" que cometiam atos "terroristas".
"Existiam evidências de que destes locais estavam saindo os grupos mais violentos para cometer atos terroristas: incendiar patrulhas da polícia, enfrentar com coquetéis molotov e com armas as forças de segurança", disse o ministro.
Em resposta, grupos de jovens opositores realizaram protestos relâmpagos em uma dezena de pontos no leste de Caracas, alguns dos quais derivaram em confrontos com as forças de segurança.
Desde fevereiro, a Venezuela é palco de protestos, os mais violentos em fevereiro e março, que deixaram 42 mortos. As manifestações são chamadas pelo governo do presidente Nicolás Maduro de "tentativa de golpe de Estado", mas têm como alvo uma inflação anual superior a 60%, a escassez de produtos básicos e uma violência crescente.