Foto: Estadão |
O grupo chegou ao Santo Cristo, por volta de 15h30. O prédio da secretaria estava cercado pelo Batalhão de Choque da PM. Manifestantes começaram a colar adesivos em defesa da greve no portão de ferro. Em seguida, uma professora usou um pillot para fazer a inscrição na parede branca, ao lado do portão, quando um policial a agarrou e a arrastou pelo cabelo. Manifestantes tentavam livrá-la e a puxavam pelas pernas. Um grupo maior correu na direção da professora e a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para afastar o grupo de cerca de 500 pessoas. Em seguida, pelo menos três policiais usaram gás de pimenta contra o grupo. A professora foi presa e levada em camburão do Choque.
Quando perguntado sobre o motivo da prisão que iniciou a confusão, o major identificado como Rivaldo, que comandava o grupo, afirmou: "Foi presa por desobediência". O clima é mais calmo no local e professores voltaram a se agrupar em frente ao prédio. Durante a confusão, pelo menos um manifestante ficou ferido - ele foi carregado sangrando por colegas.
Mais cedo, na manifestação da Presidente Vargas, o protético Eron Morais Melo, de 33, que costuma se vestir de Batman nos protestos, foi atingido na cabeça por golpes de cassetete. Nas redes sociais, várias pessoas postaram fotos do manifestante ensanguentado e com a roupa manchada.
Os professores estavam reunidos desde o início da manhã, em frente à sede da Prefeitura, para acompanhar resultado de reunião com representantes da secretaria de Educação. A greve foi decretada ilegal pela Justiça. "É uma vergonha que na cidade que vai receber a Copa professores precisem fazer greve porque nem o prefeito nem o governador atendem reivindicações", reclamava uma professora, usando o carro de som pouco antes de policiais voltarem a agredir manifestantes.