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Da Redação
O projeto, desenvolvido pelo grupo de pesquisa Inteligência Computacional, Automação e Robótica (Ícaro) da Unitins, buscou inicialmente o apoio da Corporação para a realização dos testes com o veículo. “A partir daí, o Corpo de Bombeiros expressou interesse pelo projeto, de que à medida que ele evoluísse, fosse aplicado aqui [na Corporação]. Então, o Vant foi desenvolvido, inicialmente, para o monitoramento ambiental, principalmente, onde o ser humano ou o bombeiro não puder ir”, explica o Cabo Bruno Morais que faz parte do grupo de pesquisa.
Outro bombeiro envolvido no projeto, 3° Sargento João Paulo Paiva, diz que as aplicações de um Vant dentro da Corporação têm muitas potencialidades, uma delas seria auxiliar no combate a incêndios florestais. “Em um incêndio, por exemplo, na Serra do Lajeado-TO, os bombeiros muitas vezes vão atuar às cegas. Se tivessem uma aeronave orientando o trabalho, eles poderiam ser avisados sobre qual a melhor abordagem, diminuindo os riscos”, explicou.
O projeto, que já vem sendo desenvolvido há dois anos, é pioneiro no Estado e envolve oito alunos da Unitins, incluindo os dois bombeiros e o professor Igor Yepes, orientador do trabalho de pesquisa. “Nós estamos dentro de um projeto muito grande que teve início, mas não tem uma data fim, nós temos a pretensão de expandir o projeto e incluir diversas funcionalidades ao Vant”, explica o 3° Sargento Paiva. O Vant, desenvolvido pelos alunos, possui uma autonomia de bateria de 15 a 20 minutos, pode alcançar até 500 metros de altura e é controlado remotamente. O grupo planeja fazer aprimoramentos para aumentar a autonomia do robô, como a inclusão de censores e controle por GPS.
O uso de Vant pelo Corpo de Bombeiros ainda não foi explorado no país. Cabo B. Morais explica que já é possível ver o uso desses robôs na segurança pública, mas não especificamente nos Bombeiros. Por isso, para ele, a importância do trabalho se torna ainda maior. “A gente gostaria de tornar os Bombeiros referência nessa parte de uso de tecnologia no país”, diz.
“A gente trabalha numa área de conhecimento em que tudo que é explorado gostaríamos que fosse utilizado, ainda mais, quando é para um fim nobre, como é a atividade de bombeiro. Poder utilizar nossos conhecimentos em prol do que a gente faz, com certeza é um sentimento muito bom”, completa o 3° Sargento Paiva.
Fonte:ASCOM-CORPO DE BOMEBEIROS