Por Carlos Furtado
Desde a contratação da empresa Terra Clean para realizar a limpeza pública de Palmas, que ocorrem sucessivas suspeitas. Entre elas, o fato da empresa ter sido registrada após a assinatura do contrato com a prefeitura de Palmas.
Para o vereador Lúcio Campelo, "a limpeza urbana é paga com o suor de cada cidadão. A sociedade tem cobrado transparência”.
Outro vereador favorável à CPI, Professor Júnior Geo (PSB), disse que a intenção é apurar “a fundo o que ocorreu na contratação da empresa Terra Clean e também na legislatura passada, desde a quilometragem de varrição de ruas à pesagem do lixo coletado”.
Enquanto isso os vereadores que defendem a administração, querem investigar desde a administração Raul Filho. Isso me parece aquela situação: "eu fiz porque ele também fez". É brincadeira.
Para alguns que são leigos em bastidores políticos, funciona um pouco assim. Os vereadores de oposição visualizam irregularidades e aproveitam a oportunidade para instalar a CPI. Os da base do Amastha, "tem" que ser contra a CPI e defender o prefeito. Afinal, tem cargos e benesses na administração, e se perderem a queda-de-braço com a oposição, podem também perder os benefícios. Em contrapartida, os vereadores de oposição lutarão para criar a CPI, a não ser que algum tipo de negociação obscura ocorra, então o vereador não assinará a instalação da CPI.
Entendeu? É um jogo. A oposição na Câmara de Palmas tem apenas 3 vereadores, mas como alguns da base do prefeito estão insatisfeito, "ameaçam" assinar a criação da CPI. Amastha tem um tempo para renegociar e acabar com a insatisfação dos vereadores rebelados. Logicamente que nessa situação, o valor dos benefícios para retornarem a base governista, será mais alto.
Isso se chama a política do "toma-lá-dá-cá".