Depois de esperar 1 mês por cirurgia, bebê morre em hospital público de Palmas
Tocantins 24h
Darkson ficou 1 mês internado e não
 fizeram a cirurgia que salvaria sua vida.
Sucessivas situações de descasos ocorrem na Saúde pública no Tocantins. Uma hora é um garoto que morre porque quebrou a perna e demorou a ser atendido. E assim sucessivamente. Agora é um bebê de dois meses que morreu porque não fizeram a cirurgia necessária para salvar-lhe a vida.
Da Redação

Darkson Araújo, de 1 ano e dois meses, estava há um mês internado no Hospital Infantil Público de Palmas - HIPP, esperando uma cirurgia. O pequeno Darkson tinha hidrocefalia, acúmulo de água no crânio. Morreu nesta sexta-feira, 16, segundo o hospital, Darkson morreu vítima de uma parada cardíaca.


Mas para a família não foi bem assim. Segundo seus familiares, o menino piorou após a suspensão da cirurgia que não foi realizada porque o médico não compareceu. "Ele fez uma cirurgia e ia fazer uma outra definitiva, mas o médico não apareceu e o dreno ficou fechado durante três dias, quando foi na segunda-feira, o menino já estava na UTI passando mal", declarou ao portal G1, Jurandir Evangelista do Carmo, avô paterno.

A Sesau - Secretaria Estadual de Saúde, afirma que está investigando o caso. Mas, alguém acredita mesmo que haverá algum culpado que não seja o próprio menino, por ter ficado doente? Mesmo que seja constatado alguma irresponsabilidade do médico, nunca virá a público, pois esse mesmo médico poderá denunciar a caótica situação dos hospitais públicos no Tocantins. Então, para abafar tudo, ou a culpa será do menino, ou da "fatalidade".

Basta reparar que até o momento não foi divulgado o nome do médico. É um protegendo o outro. O certo é que Darkson morreu, antes dele muitos outros, por negligência ou falta de equipamentos e materiais cirúrgicos, e se assim continuar, muitos outros morrerão. Infelizmente. E a culpa não será apenas do governo estadual, mas da própria população que não reivindica, que não grita contra o descaso, que permanece inerte, até que aconteça com um parente, aí gritarão sozinhos. E assim caminha a sociedade tocantinense leniente com seus governantes.

O menino foi enterrado às 17h, na cidade de Lagoa do Tocantins.

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