Se não tiver ação na saúde pública o lockdown só vai deixar o pobre mais pobre
Tocantins 24h

 

A única certeza é que para ser decretado lockdown foi consequência do desrespeito diário da população, e falta de atitude dos administradores. Com isso,  o país bateu um novo recorde, foram 1.910 mortes em 24 horas.

Por Carlos Furtado/Tocantins 24h

A OMS - Organização Mundial da Saúde já  alertou os líderes contra confiar nos lockdowns para combater os surtos – após ter dito anteriormente que os países deveriam ter cuidado com a rapidez com que reabrem.

“Os lockdowns tem apenas uma consequência que você nunca deve menosprezar: torna os pobres muito mais pobres”, declarou o médico Daviv Navarro, da OMS.

O médico apelou aos governantes para pararem de “usar lockdown como seu método de controle primário” do vírus da Covid. “Os lockdowns tem apenas uma consequência que você nunca deve menosprezar: torna os pobres muito mais pobres”. E acrescenta: “A única vez em que acreditamos que um lockdown se justifica é para ganhar tempo para reorganizar, reagrupar, reequilibrar seus recursos, proteger seus profissionais de saúde que estão exaustos, mas, em geral, preferimos não fazer isso”.

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Ou seja, se a prefeita Cínthia Ribeiro vai organizar a administração e disponibilizar mais leitos de UTIs, adaptar e melhorar a UPA Sul para atender às pessoas contaminadas e que recebam tratamento para que não precisem irem para UTI, aí sim. Pois esse tempo de lockdown dará o fôlego necessária para tomar essas medidas.

Mas se a implantação do lockdown for apenas uma medida desassociada de qualquer outra ação, então será apenas uma cortina de fumaça tentando demonstrar que alguma coisa está fazendo.

Mas não jogo a culpa só na administração palmense, no contexto  atual a população, ou parte dela, é a maior culpada, com as insistentes aglomerações, festas, o não isolamento, o não querer usar máscaras. Aliado a isso a falta de fiscalização por parte dos administradores, estadual e municipais, falta de vacinas. Esse coquetel de atitudes erradas geram mais atitudes, extremas, e muitas vezes equivocadas.

O triste é que apesar de recursos recebidos por governadores e prefeitos a população ficou desamparada, talvez tenham achado, em novembro de 2020, que a pandemia estava sob controle e relaxaram a fiscalização, e a necessidade de implantação dos hospitais de campanha e abertura de leitos de UTI.

Agora, chegamos a quase 2 mil mortes diárias, leitos de UTIs lotados em muitos estados, em outros já chegando a sua capacidade máxima, e o povo poderá ficar sem emprego, sem renda, e a família em casa sem ter o que comer.


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