Márlon Reis quem diria, se abraçou com o atraso
Tocantins 24h
Ego, vaidade e menosprezo pelos eleitores é a única justificativa para que o candidato Márlon Reis (Rede) se aliasse a tudo o que vinha combatendo.

Carlos Furtado/Tocantins 24h

Entre as alianças que estão sendo negociadas a de Márlon Reis chama a atenção. O candidato na eleição suplementar que surpreendeu aos políticos tradicionais ao vencer em grandes colégios eleitorais, e conseguiu 15% dos votos dos tocantinenses, gerando expectativas para as eleições de outubro, caiu na vala dos acordos eleitoreiros e interesses próprios.


Na quinta-feira, 2, o PT decidiu apoiar Márlon Reis ao governo. Com isso o Partido dos Trabalhadores conseguiu a vaga de senador para Paulo Mourão. UFA!


Após ter apoiado Carlos Amastha (PSB) na eleição suplementar, e nas conversações para outubro ter sido preterido pelo ex-prefeito, o PT ainda tentou de todas as formas continuar na chapa, passava por cima até do fato de se juntar ao PSDB (sic!). Mas nem isso foi suficiente. Largado, abandonado, rejeitado, o petistas correram para se viabilizarem com Márlon Reis. E parece que nem foi tão difícil. Acordo feito nesta quinta-feira demonstram que enfim conseguiram a vaga para Mourão.


Quanto a Márlon já vinha revirando os olhos de muitos de seus companheiros ao abrir negociações com Kátia Abreu (PDT) que também quer emplacar o filho Irajá Abreu (PSD) como senador. Notícias nos sinalizam que também essa coligação está acertada. Ou seja, Mourão e Irajá ocuparão as duas vagas de candidatos ao Senado na chapa de Márlon.


Não é só. Outra conversação que arrepiou os companheiros foi diálogos com o PV, agregam Marcelo Lélis e Cláudia Lélis, dois inelegíveis, à sua coligação. Marcelo Lélis chegou a afirma, dias atrás, estar o acordo sacramentado.


Com tudo isso fica a pergunta: que ética e combate à corrupção é essa tão propalado por Márlon Reis? O ilustre desconhecido do eleitorado tocantinense, que teria possibilidade reais de vencer em outubro joga tudo isso no lixo ao se aliar a linhas políticas tão antagônicas ao seu discurso. Por qual motivo?


Engolirá o eleitor tocantinense um "desconhecido"  praticando a mesma política rasteira e interesseira tão questionada nesses tempos de conscientização virtual?


Márlon se apequenou ao ampliar coligação para grupos que são tradicionais no Poder. Está sendo "engolido" por eles, no final restará sobre sua aventura  no Tocantins apenas a lembrança e o exemplo de como não se deve mais fazer política, em tempos de redes sociais.

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