Por Carlos Henrique Furtado
No Setor Irmã Dulce ocorreu o primeiro ato criminoso quando homens invadiram um ônibus e deram cinco tiros para que os passageiros descessem. Logo depois um ônibus foi incendiado no Aureny IV. e na sequência outro ônibus na Teotônio Segurado, entrada de Taquari foi consumido pelas chamas.
O procedimento é o mesmo. Um homem deu sinal para que o ônibus parasse e ao entrar saca de um revólver e determina que todos os passageiros desçam do veículo. Nesse momento outros comparsas, encapuzados sobem no coletivo, espalham gasolina pelo veículo e ateam fogo, fugindo logo em seguida.
Nas redes sociais pudemos ler mensagens de cidadãos assustados com a onda de criminalidade na cidade. Questionava-se à coincidência de tais ações. Mesmo estando a Polícia Civil em greve não justifica essa onda de violência, pois quem faz o patrulhamento ostensivo é a Polícia Militar, que está atuante. Portanto, joga-nos num mar de insegurança, desconfiança, e incredulidade em relação aos nossos governantes. Se tinham conhecimento que no Tocantins estava instalada as organizações criminosas como PCC e Comando Vermelho, e nada fizeram para monitorar suas ações, nos fica a sensação de incapacidade dos serviços de inteligência, e descaso dos governantes, que vendem uma tranquilidade que realmente não há.
Falou-se em Comando de Crise, mas até o momento não se pronunciou sobre ações que tragam o retorno de tranquilidade aos palmenses. Destaca-se nesse bate-cabeça de suspeitas e acusações, a atitude do prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que convocou a Guarda Metropolitana e agentes de trânsito para escoltarem os ônibus que ainda estavam circulando, e não deixar a população abandonadas nas ruas. E através das redes sociais procurou dar um pouco de tranquilidade à população assustadas pela noite de terror que estavam vendo através de postagens no whatsapp e facebook.
Ficou claro para os palmenses, e tocantinenses, que estamos em tempos de insegurança. Sendo assim, aumenta a indignação do povo tocantinense. Não temos Educação (de qualidade), não temos Saúde, que está cada vez mais precária, e agora temos também a certeza que não temos Segurança. Vivíamos uma ilusão, uma falsa segurança, que em apenas um noite criminosos deram conta de demostrar a mentira que governantes vendiam ao cidadão.