Por Carlos Henrique Furtado
Segundo anunciado pelo secretario da Articulação Política, Paulo Sidnei, o pagamento em parcela única só vai ser possível porque aumentou em R$ 37 milhões do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Bem, fica uma sugestão, antes de sair declarando qualquer coisa é necessário verificar todas as soluções possíveis. Nota-se duas coisas: o governo queria dar uma resposta imediata aos servidores, que manifestaram via redes sociais a sua indignação e revolta. Ou se precipitaram em empurrar o problema pra longe, não pensando em pais e mães de famílias que ficaram sem alternativas para cumprir seus compromissos.
Todos são sabedores que o ex-governador Sandoval é que deveria ter pago os salários, se não o fez deveria ter deixado o dinheiro em caixa para tal. Mas a Comissão Emergencial para Discussão dos Problemas Orçamentários e Financeiros, do governo, afirmou e divulgou, que receberam o cofre do Estado com um saldo negativo de R$ 3 milhões.E necessário que o novo governo denuncie e faça investigação sobre o que aconteceu com o dinheiro do Tocantins.
O governador Marcelo Miranda e muitos integrantes de sua equipe, são experientes na administração do Estado, pois Miranda já o governou por 7 anos. Portanto, surpreendeu esse bate-cabeça no começo da administração. Como também surpreendeu ter sido criada uma Comissão de Transição e não ter identificado como iriam receber o Estado.
Acredito que a nova administração não contava é com a forte manifestação dos servidores, via redes sociais, que se propagou rapidamente, e em três dias fez o governo do Estado encontrar uma solução. Ou seja, na pressão rapidamente encontraram uma solução.
A nova administração que iniciou sob um manto de esperança, tanto dos 53% que nela votaram, quanto no restante dos tocantinenses. Que acreditavam, e espero que ainda acreditem, que realmente Miranda iria "arrumar" o Tocantins, sucateado pela desastrosa administração Siqueira/Eduardo/Sandoval.
Mas esses primeiros dias jogaram um manto de desconfiabilidade no novo governo que só o tempo, e as ações, poderão afastá-lo.
Respondendo a pergunta do título: "se tinha dinheiro para pagar os servidores porque queriam parcelar?" Simples. Porque o servidor não "engoliu" e se mobilizou. Fica ai um exemplo, quando o povo quer os governos mudam. Que cada um dos tocantinenses a partir de agora comecem a cobrar mais os seus direitos, e se manifestem contra absurdos que possam ocorrer no Tocantins.