O que era ruim ficou pior, inspeção aponta situação caótica no HGP
Tocantins 24h

A situação piorou no maior hospital público do Tocantins nas últimas semanas. É o que constatou o Ministério Público durante vistoria realizada nesta quarta-feira, 15, no Hospital Geral Público de Palmas (HGPP). Faltam medicamentos e insumos, pacientes continuam internados em corredores e serviços de manutenção do prédio foram suspensos.

Da Redação
 
 O desabastecimento é um dos problemas mais graves no HGPP. De acordo com o Ministério Público Estadual, foi comprovada a falta de 174 tipos de remédios, sendo que 21 não podem ser substituídos por similares. Entre os medicamentos estão antibióticos e remédios para tratamento de câncer e de doenças cardíacas. Alguns deles são nececesários para a realização de alguns tipos de cirurgia.

Segundo o MPE, mesmo os medicamentos disponíveis encontram-se em quantidade abaixo do normal.  Conforme apurou a promotoria, a Secretaria de Estado da Saúde reconhece o problema, mas não informou quando pretende resolvê-lo definitivamente. Desde quando o caso ganhou repercussão na imprensa, a Sesau tem se comprometido a regularizar o abastecimento, mas até hoje, isso não aconteceu.

Por causa da falta de remédios, o tratamento de muitos pacientes que estão internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e nas Unidades de Cuidados Intermediários (UCI) está comprometido. A promotora Maria Roseli de Almeida Pery pediu a direção do hospital que encaminhe, no prazo de 24 horas, a lista com o nome das pessoas cujo tratamento foi prejudicado em razão da ausência de alguns tipos de medicamentos. O MPE não descarta a possibilidade de ingressar com ações criminais contra os responsáveis pelo HGP.
Os corredores do HGPP continuam servindo como local de internação. Segundo o MPE, pelo menos 39 pessoas estavam internadas fora das salas do hospital durante a inspeção. Para piorar, algumas delas se queixam do fato de não receberem informações sobre o seu quadro clínico. Isso acontece, segundo o Ministério Público, porque a equipe médica é reduzida e não consegue atender a demanda.

Além da falta de insumos básicos, como lençol e colchão, o MPE também recebeu a informação de que, por falta de pagamento, os serviços de segurança armada e de manutenção predial no HGPP foram suspensos por tempo indeterminado.

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