Da Redação
Em outubro 2003, Sandra Regina Ruiz Gomes, 31, participou do sequestro de um adolescente em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) com três homens. A vítima era o seu vizinho, Talisson Vinicius da Silva Castro, 14.
Segundo investigação da polícia e Ministério Público, era Sandra (também conhecida como Galega) a responsável por fazer as ligações ameaçadoras à família. O pedido de resgate foi de R$ 40 mil, mas acabou reduzido para R$ 3.000. Quando a família efetuou o pagamento, o menino já estava morto com um tiro na cabeça.
O corpo do adolescente foi encontrado no dia seguinte em um terreno baldio. A vítima estava amordaçada com uma "echarpe feminina", que a polícia acredita ser de Sandra, e amarrada pelos punhos e tornozelos com cadarços. A cabeça estava coberta com um saco plástico preto.
De acordo com os policiais, o bando nunca teve a intenção de devolvê-lo com vida até porque ele conhecia os criminosos. Sandra confessou sua participação no crime, mas alegou ter sido obrigada por um dos comparsas, no que a Justiça não acreditou e a condenou a 27 anos de prisão - pena posteriormente reduzida a 24 anos.
Segundo Sandra, em seu depoimento, ela não queria a morte do menino, embora admita não ter agido como poderia para impedir que isso ocorresse.
Em fevereiro de 2011, no centro ressocialização de São José dos Campos (a 97 km da capital), a sequestradora foi condenada a três meses e 15 dias de detenção após agredir um agente penitenciário, o que foi considerado uma falta grave no sistema prisional. Por isso, sua progressão para o regime semiaberto ficou comprometida.
No mesmo mês, Sandra foi transferida para a penitenciária de Tremembé. Apesar da fama de "barra pesada", ela participa de eventos organizados para as detentas. Em um concurso de beleza das presidiárias, por exemplo, ela ajuda a conduzir as candidatas pela passarela como mestre de cerimônia. Nesses eventos, costuma usar traje a rigor, fraque e gravata borboleta. No dia a dia, veste-se como homem.
Até o começo ano, Sandra era companheira de Elize Matsunaga, 32, presa pela morte e esquartejamento do marido Marcos Kitano Matsunaga, 41, em junho de 2012. Após se envolver com Suzane, as duas resolveram oficializar a união. O casal está morando junto na cela das casadas.