Acusados de matar casal de empresários de Araguaína não serão levados à Júri Popular
Tocantins 24h
Foto: Divulgação
A juíza Wanessa Lorena Martins de Sousa ouviu na tarde desta quinta-feira, 21, o caseiro João Batista Lopes Freitas, de 28 anos, e a companheira dele, Ângela Peres da Silva, de 19 anos. Os dois são acusados de matar a pauladas o casal de empresários de Araguaína (foto ao lado) Demerval Correia Freire, de 57 anos, e Lenir da Silva Freire, de 55 anos. O crime ocorreu no fim do ano passado.

Da Redação

A audiência de instrução doi realizada no fórum de Wanderlândia, na região norte do Tocantins. Os acusados foram chamados de assassinos por amigos e parentes dos empresários, que foram até a cidade vizinha para protestar por justiça. "Queremos justiça na Terra", dizia um cartaz empunhado por um familiar. "Pena máxima para os culpados", afirmava outro.

Um forte esquema de segurança foi montada para proteger a integridade física de João Batista e Ângela. Os dois foram denunciados por latrocínio (roubo seguido de morte), mas mesmo tratando-se de crime contra a vida, não serão levados à Júri Popular, uma vez que o objetivo principal da ação é a subtração do bem alheio e não a morte da vítima. Dessa forma, caberá a juíza decidir a condenação dos acusados. A pena para esse delito varia de 20 a 320 anos de reclusão.

O crime

Foto: Divulgação
Os empresários desapareceram no dia 23 de dezembro de 2013, depois de seguirem para a fazenda Aldeia Bonita, na zona rural de Wanderlândia. O objetivo dos acusados, segundo as investigações, era roubar a caminhonete do casal.

A ação foi premeditada. O caseiro confessou o crime. Disse que o plano que ele armou com a companheira era "idiota". Na versão de João Batista, ele atraiu Demerval até uma bomba d’água e o matou com uma paulada na cabeça. A companheira dele teria matado Lenir. A jovem nega, afirma que foi coagida pelo companheiro a assumir o crime e que apenas ajudou a enterrar os corpos. "Ele disse para eu confessar o crime que as penas seriam diminuídas", contou Ângela na época da prisão.

Depois de matar o casal, os acusados enterraram os corpos. A pá usada para cavar as valas foi apreendida. Antes de fugir com Ângela, João Batista escreveu um bilhete, que foi encontrado na propriedade. Nela, o caseiro dizia ter deixado a fazenda às pressas porque estava sendo ameaçado de morte pelo ex-marido da companheira. Para a polícia, o objetivo com as cartas era atrapalhar as investigações.
Durante as investigações, comandadas pelo delegado José Rérisson Macêdo Gomes, a Polícia Civil (PC) conseguiu prender os suspeitos. O caseiro e a companheira foram detidos na cidade de João Lisboa (MA). João Batista confessou que havia trocado a caminhonete, ano 2008, por um carro de passeio. O veículo foi apreendido em Senador La Roque (MA). À polícia, o homem contou que fez o negócio porque Ângela sonhava em ter um carro menor. Dentro de uma bolsa apreendida com os acusados, foram encontradas as chaves de fenda usadas pelo caseiro para fechar a casa e as porteiras da fazenda, após a fuga.

Considerado um homem agressivo e inescrupuloso, o caseiro é acusado de matar espancado o próprio filho recém-nascido, na cidade de Governador Valadares (MG), em 2006. Além disso, segundo Ângela, o caseiro também teria assassinado a ex-mulher.

Segundo os laudos médicos, Demerval foi morto com apenas um golpe. Já a mulher, Lenir, foi atacada duas vezes. Os corpos do casal foram encontrados em estado de decomposição, no dia 27 de dezembro do ano passado. (Fonte: Rede.TO)

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