Governistas e Marcelistas patinam em problemas administrativos e jurídicos
Tocantins 24h
As duas maiores coligações visando o pleito de 2014: "A mudança que a gente vê", que tem como candidato a governador Sandoval Cardoso (SDD), e a "Experiência faz a mudança", encabeçada por Marcelo Miranda (PMDB), patinam em problemas internos.


Por Carlos Henrique Furtado

A coligação governista enfrenta problemas na sua composição. O duelo entre seguir ditames siqueiristas e procurar dar cara própria e montar seu grupo, levam Sandoval a colocar e substituir candidatos gerando insatisfação e crise.

Pois bem, o "anuncia e muda" com relação a suplência do candidato a senador Eduardo Gomes é um deles. O primeiro suplente era Tom Lyra, que já tinha sido descartado de ser o vice, substituído por Agnolin. Para mantê-lo no grupo, "arrumaram" a primeira suplência de senador. Mas, entra Siqueira e pede José João Stival como primeiro suplente, jogam Lyra para a segunda suplência. O inesperado ocorreu, Stival retroceeu e recusou a suplência. Governista alegaram que por motivos pessoais, mas nos bastidores o que se fala é que o empresário gurupiense se afastou para preservar a idoneidade de "escapar" de ter seu nome envolvido em possível escândalo, como uma nova Operação Miquéias.

Voltando ao Tom Lyra, aquele que foi retirado da primeira suplência, o empresário tem afirmado a veículos de comunicação o que pensa do que está ocorrendo: “É palhaçada!”

Uma coisa podemos dizer, esse Sandoval tem coragem. Manietado pelo siqueirismo tenta formar um grupo, e ainda levanta a cabeça e anda pelas ruas de cidades tocantinenses apesar da bagaceira em que se encontram muitos orgãos estaduais e que tem gerado enorme insatisfação do eleitor. Na Saúde, morre pacientes por falta de medicamentos, problemas com plantonistas. Na Segurança Pública se fala que não tem combustível para abastecer viaturas.

Mais uma coragem de Sandoval é ter iniciado campanha tendo a maiorira da imprensa contra. Afinal, o Estado não honrou seus compromissos, devendo milhões à comunicação tocantinense. Foi um tiro no pé!

Já do lado de Marcelo Miranda o impasse que coloca óleo no chão fazendo patinar a campanha, é a questão jurídica. Marcelistas "gritam" que ele é elegível, mas a Justiça questiona. Foi colocado na imprensa uma "tese" da elegibilidade de Marcelo. Que ele estaria elegível a partir do dia 3 de outubro, quando venceria o período em que estaria cassado. Mas esta "tese" é derrubada pela Justiça, que afirma que ele está cassado até 2017. 

Por que essa "dúvida"? É simples: para o jurídico de Miranda a casação conta a partir da eleição (de Marcelo), o que deixaria o candidato elegível em 3 de outubro. Mas para a Justiça começa a contar na data da cassação, deixando assim Miranda inelegível.

Até os próximos dias deveremos saber quem está certo: a Justiça ou o jurídico da coligação.

Se não bastasse o candidato a governador com problemas jurídicos, tem o vice Marcelo Lélis que foi cassado pelo TRE, não podendo então ser candidato. Outra briga jurídica. Os advogados de Lélis dizem que não foi transitado e julgado, porisso ainda não está valendo, mas a Justiça afirma que ele está cassado. Também nos próximos dias deveremos ter uma definição.

O certo é que nas reuniões da coligação "A experiência faz a mudança" vemos a senadora Kátia Abreu acompanhada de Lélis (vice), representando a majoritária. Ainda não deu as cara o candidato Marcelo Miranda, por quê?

Quem primeiro conseguir resolver suas pendências deverá ser o novo governador do Tocantins.

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