Por Carlos Henrique Furtado
"A Região Sudeste do Tocantins, apesar de já ter tido uma representação política invejável, tanto na Câmara Federal (2 Deputados ), quanto na Assembleia Legislativa ( 6 Deputados na mesma legislatura), hoje amarga a pior situação política de sua história. O que foi que aconteceu? O eleitorado diminuiu? Não, ao contrário, o eleitorado cresceu, e muito.
Em toda a Região Sudeste, somos em torno de 120.000 eleitores. Estes votos, se utilizados estrategicamente, são suficientes para eleger de 6 a 8 deputados estaduais (a votação nominal média dos eleitos em 2010 foi de 15.500 votos) ou eleger de 2 a 3 deputados federais (a votação nominal média dos eleitos em 2010 foi de 45.000 votos".
Mas na campanha política vemos uma pulverização desses votos enfraquecendo a região. Ao darem (ou venderem) votos a candidatos de outras regiões, fica o sudeste do Tocantins no abandono em que se encontra.
O candidato vem de "fora" com o único objetivo de conseguir, 300, 500, mil votos, que serão agregados a votação que ele terá na região dele. Ou seja, se ganhar ele vai lutar pela cidade e região em que mora, se lembrar (o que é raro) pensa na região que lhe deu aqueles "votinhos" a mais. E dessa maneira o Sudeste vai pulverizando seus votos, 300 em um candidato, 500 em outro...e fica eleição após eleição sem ter representante, ninguém que brigue por melhorias de condições sociais e estruturais da região.
Já vimos a região perder Instituto Técnico para outra, apenas porque um deputado (da outra região) reivindicou o instituto para sua cidade. Isso após ter sido anunciado que Dianópolis teria o Instituto.
Quantas empresas foram atraídas para o Tocantins e NADA para a região sudeste, que carece de empregos para manter o seu povo e dar oportunidade aos jovens.
Obras quando são feitas na região os melhores empregos são para pessoas de "fora", a alegação é que não tem qualificação. Como ter cursos de qualificação sem não tem um representante que brigue pela região.
O certo é que mais uma vez começamos uma nova campanha eleitoral. Hora do eleitor do Sudeste se conscientizar, ver a situação de sua cidade, do seu povo, e votar em candidatos nativos, que morem na região.
Na década de 90 morei em Araguaína, que passava pelo mesmo problema: sem representatividade. Um movimento encabeçado por Big Boy (radialista), Paulo czar (também radialista) e outras lideranças da cidade, resolveram que era a hora do araguainense votar em representantes da região. E foi feito.
Muitos candidatos de "fora" apareceram (como sempre), dando dinheiro, "comprando" lideranças. Mas a conscientização foi tão grande que elegeram 6 deputados estaduais, 2 federal. O resultado de terem tido, pela primeira vez, representantes naturais da região, foi tão grande que vem se repetindo em toda eleição.
Sudeste agora é a sua vez. Deixe o abandono! Mostrem a sua força eleitoral coloquem na Assembléia Estadual representantes da região.
Um movimento começou há alguns meses: "Eu Apoio Salomão". E tá dando resultado, tanto que o ex-prefeito de Dianópolis, José Salomão tem aparecido muito bem nas pesquisas, e seu nome é falado por quase todos os candidatos como uma liderança forte da região.
Salomão sempre foi forte, mas essa propagação de seu nome, e essa "fortaleza" na atual campanha, se deve a união do eleitor, a conscientização do povo que agora é a hora de terem legítimos representantes.
Pela aprimeira vez vemos a região Sudeste emergir do obscurantismo eleitoral e ganhar reconhecimento estadual. Lembrem-se: são 120 mil eleitores, dá para eleger pelo menos 6 candidatos.
Termino com a frase do internauta Miguel Lima: "O SUDESTE PRECISA CONHECER A SUA FORÇA. COM ESTE PODER TODO, O SUDESTE PODE SE TRANSFORMAR".
Em tempo: O jornalista Miguel Lima também é candidato a deputado estadual. Mais um a representar a região Sudeste.