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Da Redação
Perguntado se o censo poderá levar à discussão sobre as cotas no Judiciário, Barbosa usou uma expressão em alemão para dizer que não está preocupado com o assunto porque irá se aposentar. “Não sei e estou de saída. Es ist mir ganz egal (expressão em alemão que significa 'para mim tanto faz'). Não estou nem aí”, afirmou, ao deixar a última sessão do conselho antes de sua aposentadoria, prevista para o fim do mês.
Questionado sobre o balanço de sua gestão e a última sessão no CNJ, Barbosa afirmou: “Eu tenho um balanço, procurem a assessoria. Balanço de ordem financeira, orçamentária, de ordem administrativa, disciplinar, tem todos esses dados. Agora, vocês nunca querem saber”.
O Censo do Poder Judiciário, apresentado por Barbosa em sua sessão à frente do CNJ, foi feito de forma voluntária por servidores e magistrados de todo o País. Os dados apontam o perfil médio da magistratura é de homens brancos (84,5%), com média de idade de 45 anos, casado e com filhos.
De acordo com o levantamento, 14% dos magistrados se declararam pardos; 1,4% pretos e apenas 0,1% se identificaram como indígenas. De acordo com a classificação racial usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somados, pretos e pardos formam o grupo de negros.
No julgamento das cotas para alunos em universidades públicas, Barbosa votou à favor da medida. Além disso, declarou que a discriminação está tão enraizada na sociedade brasileira que as pessoas nem percebem.