Da Redação
A ideia, embora estranha, não é novidade, segundo Catenaci. Ele diz que há 20 anos, viu algo parecido em uma viagem a Paris, na França. “Eu viajo com alguma frequência. Em Paris, vendiam a água do Rio Sena e tinha uma lata com o ar de Paris”, conta.
A iniciativa dos franceses ficou na mente do curitibano, que também é dono de uma agência de viagens e câmbio. Com a chegada da Copa do Mundo, ele encontrou uma oportunidade para colocar a ideia no mercado. Em 2013, ele foi um dos beneficiados com o Projeto Sou Curitiba, uma iniciativa do Sebrae com a Prefeitura de Curitiba.
“Fiz de Curitiba e achava que seria só da cidade. O negócio pegou bem. Se destacava por ser inusitado”, explica o curitibano. Além da capital paranaense, há latinhas com o ar de Foz do Iguaçu, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, bem como uma sexta, com o ar “genérico” de todo o Brasil.
As latinhas, na verdade, possuem, uma brincadeira, diz Catenaci. O propósito maior é divulgar os pontos turísticos de cada cidade e também do país. Em cada lata, a “fórmula” do ar local traz detalhes que podem fazer as pessoas lembrarem dos locais onde passaram ao visitar as cidades. “Ela alivia a saudade com boas lembranças”, afirma. Embora o presente seja o ar, Catenaci sugere que os compradores evitem abrir a latinha. "Podem perder todo o ar da cidade", brinca.
O curitibano conta que fazer as latinhas referentes ao Brasil e às outras cidades foi fácil. O problema maior foi com a primeira, que tratava de Curitiba. “Foi preciso retomar a visão de um turista, andar na Linha Turismo, conversar com historiadores”, lembra. A latinha curitibana, conforme Catenaci, trata da diversidade cultural da cidade. A arte que a enfeita tem desenhos do Museu Oscar Niemeyer, Jardim Botânico, do Bondinho da Rua XV de Novembro, entre outros.
Cada latinha pode ser encontrada por valores que variam entre R$ 9,00 e R$ 10,00, diz Catenaci. Segundo ele, a ideia deve crescer após a Copa. Ele prevê nos próximos meses mais latinhas, com o ar de diversas cidades turísticas do Brasil. “É um souvenir pequeno, numa faixa que concorre com os imãs de geladeira. A pessoa acaba comprando mais de um”, pontua.
Fonte: Portal G1