Espaços de cultura do sudeste preservam a história e relembram ciclo do ouro no TO
Tocantins 24h
Arquivo Seduc
Na região sudeste do Tocantins, espaços de cultura resgatam a história e ressaltam fatos importantes que culminaram na criação do Estado. Em Arraias, a 315 km de Palmas, destaque para o registro o Levante dos 18 do Forte, movimento que deu origem à Coluna Prestes. Em Paranã, a 304 km da capital, a Casa da Cultura mantém viva a história de Teotônio Segurado, um dos líderes da luta pela emancipação do norte de Goiás. E em Natividade, distante 200 km de Palmas, o ciclo do ouro e as heranças deste período fazem parte da história contada no Museu Histórico do município.

Josélia Lima / Seduc

Na cidade histórica de Arraias, o Museu Histórico e Cultural do município é atrativo turístico na Praça Dr. João de Abreu. Instalado em um casarão antigo, da época da extração de ouro na cidade, o museu guarda fotos, documentos e objetos que remontam o Levante dos 18 do Forte e resgata a memória do movimento que originou a Coluna Prestes e passou pela cidade do sudeste tocantinense.


Foto em exposição no museu mostra apresentação
da Banda Filarmônica Oito de Setembro, de Arraias,
durante passagem da Coluna Prestes pelo município
Foto: Divulgação 
Para a educadora Diran Batista Cordeiro Moura, ter um museu que conte a origem do município é fundamental para a preservação da história. “É uma forma de registro para as novas gerações sobre as origens e o modo de vida dos primeiros moradores da cidade”, frisou.

No museu há também objetos que contam sobre a fundação de Arraias e a história dos quilombos. Além das peças históricas, o local ainda promove exposições e palestras interativas, em um espaço denominado ‘museu em movimento’.

“É um local de preservação da cultura e da história e nós recebemos muitas pessoas, tanto da cidade como de outros municípios para conhecer os espaços”, afirmou a secretária de Educação e Cultura de Arraias, Allesandra Cordeiro Costa Galvão Bueno, responsável pelas atividades do museu.

O Museu de Arraias é aberto ao público de terça-feira a sábado, das 7 às 19 horas e as visitas podem ser agendadas pelo telefone 3653-1987.

Casa de Cultura de Paranã


Casa de Cultura de Paranã conta a
história de Teotônio Segurado
Foto: Lucas Nascimento/ Seduc 
Na cidade histórica de Paranã, a Casa de Cultura abriga peças e painéis que retratam a origem da cidade, os costumes, os festejos e a vida de Teotônio Segurado, ouvidor da Comarca do Norte e uma das primeiras pessoas a lutar pela emancipação do norte de Goiás. O local ainda abriga a biblioteca do Autor Tocantinense e uma sala de educação patrimonial.

Paranã foi sede da Comarca do Norte, primeira divisão de Goiás, instituída pelo príncipe regente, Dom João, em 18 de março de 1809. A cidade viveu seu auge na época do comércio fluvial, com transportes de mercadorias pelo rio Tocantins.

Para a secretária de Cultura e Proteção à Mulher e Igualdade Racial, Ana Maria Guedes Benevides, responsável pela Casa, o local ajuda a manter viva essa história e o legado das festas e comemorações tradicionais no município. “Importante para o resgate da história e contribui para a educação dos estudantes. É uma forma de mostrar para nova geração o ontem, as nossas origens”, ressaltou.
A Casa de Cultura de Paranã é aberta das 7 às 13 horas, de segunda a sexta-feira. Os agendamentos de visitas poderão ser feitos na Prefeitura Municipal da cidade.
Museu Histórico de Natividade
Natividade é uma das cidades mais antigas do Tocantins e boa parte da história do município está preservada no Museu Histórico, localizado na Praça Senador Leopoldo de Bulhões. O prédio que abriga o Museu foi restaurado em 2008 e a maioria de peças em exposição foi doada pelos moradores da própria cidade. O Museu de Natividade está instalado num prédio construído no período imperial, criado para abrigar a cadeia pública. A construção é formada por grossas paredes de pedra, característica da arquitetura da época.

Um dos destaques do centro cultural é a ala especial sobre o ouro em Natividade e o cotidiano dos artesãos que criaram e fabricaram peças para a realeza imperial na cidade fundada no século XVIII.

De acordo com a coordenadora do museu, Tânia das Mercês Nunes Cerqueira, o museu também preserva registros dos festejos de Natividade, como a Festa do Divino, a Festa do Senhor do Bonfim, a Festa da Padroeira de Nossa Senhora da Natividade e a Festa dos Reis.

Aberto de terça-feira a domingo, das 7 às 11 horas e das 13 às 17 horas, o local recebe visita principalmente de turistas que vão à cidade conhecer sua riqueza histórica. O engenheiro Ivan Deux, costuma visitar o museu quando passa pela cidade. “Gosto de ver as peças antigas, as paredes, os materiais, as ferramentas e observar o tipo de construção”, afirma.

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