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Por Carlos Henrique Furtado
Dois fatores chamam a atenção nessa eleição indireta. Primeiro a questão do PMDB, que rachado em dois grupos: Marcelo Miranda x Junior Coimbra, levou a deputada Josi Nunes a ficar doente e não comparecer na votação, fazendo o deputado José Augusto Plugliesi, candidato do PMDB (leia Junior Coimbra), na eleição indireta, disparar contra a deputada: "Josi 'não estava doente', como alegou para não comparecer à sessão".
E afirmou, conforme divulgado no Portal CT, do jornalista Cleber Toledo, ter a deputada "negociado com o governo". Na convenção de terça-feira, 29, o PMDB fechou questão para que os deputados votassem no candidato do partido. E que a Comissão de Ética do PMDB vai abrir um procedimento para investigar a postura de Josi.
O segundo detalhe a chamar a atenção foi relacionado a postura do PSD, dirigido pelo deputado federal Irajá Abreu, filho da senadora Kátia Abreu. O único deputado da legenda na Assembléia, Toinho Andrade, votou no governo. Estranha-se pois o próprio Irajá apareceu na mídia lançando-se candidato na eleição indireta, na última hora "sumiu" e deu autonomia de voto ao deputado. "Esta eleição pelo menos serviu para saber quem é oposição e quem não é. E Kátia não é oposição", disparou Pugliesi, em suas declarações ao portal CT. E continuou o deputado: "Ela negociou também com o governo e, pode esquecer, de forma alguma terá legenda para disputar vaga majoritária no partido, nem para o Senado, nem para o governo".
O certo é que deputados e muitos políticos começam a "adorar" a tal eleição indireta, tornando-se um gerador de oportunidades para muitos políticos que passam a se agregar ao governo, usufruindo assim de benesses governamentais. A cada dia vemos exposto na mídia o balção de negócios que virou a política. Muitos "gritam" contra para que sejam "calados".
Que o governador eleito pela Assembléia tenha a consciência dos problemas tocantinenses, e procure solucioná-los, não se perdendo na teia das artimanhas de políticos interesseiros.