Por Carlos Henrique Furtado
Sabe-se que alguns políticos que levantam a mão do ex-governador e bradam sua candidatura, por trás articulam-se vislumbrando a derrocada judicial de Miranda, e a sua própria candidatura. Pelo menos deixam claro a amigos e apaniguados que Miranda não poderá ser candidato, mesmo que em público discursem enaltecendo as virtudes e qualidades de Marcelo.
É o jogo político, e nenhum deles é ingênuo para acreditar no que o outro diz, aceitam a bajulação falsa e joga-se nos bastidores. Apesar de toda essa maneira espúria de fazer política, espera-se seriedade e compromisso de Miranda para com centenas de milhares de apaixonados seguidores que acreditam em seu retorno.
Ou preferirá insistir em uma candidatura que poderá terminar nos tribunais criando assim mais um trauma, na já tão combalida política tocantinense. Em três anos tivemos um governo cassado, o própio Marcelo Miranda, e recentemente um golpe político revestido de renúncia de Siqueira Campos e seu vice João Oliveira (ex-"mordomo" de Kátia Abreu), tudo para que o filho Eduardo Siqueira Campos tenha a possibilidade de chegar ao poder.
Se for sabedor de que não tem possibilidade jurídica de assumir o governo, caso seja eleito pelo povo, mas mesmo assim insista em se candidatar, demonstra Marcelo total descompromisso com o Tocantins e flagrante desrespeito a seus eleitores.
Mas, se realmente Miranda está apto a ser governador, demonstra a mediocridade de uma oposição "fogo-amigo" que só pensa em seus próprios interesses de poder, pouco se lixando para o eleitor e a sociedade.
Volto a falar sobre isso em junho quando o quadro político ficar definido, por enquanto é jogo de cena de políticos e certos veículos de imprensa que ganham de A ou B para gerar confusão, e criar espaço para seus patrocinadores.