A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira dez mandados de busca e apreensão nas cidades de Pontes e Lacerda, Cuiabá e Rondonópolis, no Estado de Mato Grosso, e Rolin de Moura, em Rondônia. Batizada de Operação Geia, a ação tem como objetivo o combate à falsificação de títulos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Da Redação
Segundo a PF, membros da organização negociavam a venda das terras da União a partir de documentos falsificados e agenciavam compradores. Agentes públicos eram os responsáveis por facilitar as fraudes e os registros, conferindo veracidade aos documentos apresentados. Os suspeitos são acusados de estelionato e associação criminosa para a oferta de terras irregulares como compensação de áreas perante a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) e apropriação de terras públicas.
Durante a investigação, apurou-se que negociadores gerenciavam a venda das terras, agenciando compradores e cuidando para que as terras tivessem seus registros atualizados perante as repartições públicas competentes. No caso, agentes públicos seriam os responsáveis por facilitar as fraudes e os registros, conferindo veracidade às informações constantes nos documentos apresentados. Averiguou-se, ainda, que grileiros patrocinavam as invasões e persuadiam pessoas a adentrarem na posse das terras.
Advogados formavam a ala de assessores técnicos da quadrilha, dando orientações sobre o trâmite jurídico e a colaboração de laranjas, que emprestavam seus nomes para figurarem como proprietários dos terrenos.
Segundo a PF, nome da operação foi extraído da deusa grega que simboliza a terra.