Por Carlos Henrique Furtado
Como bem escreveu o jornalista Luiz Armando Costa em seu blog: "Assim, já se tem, de forma mais clara, os dois principais oponentes: Eduardo e Marcelo o que sinaliza um confronto direto entre os Siqueira e os Miranda. Nada imprevisível num Estado onde ainda viceja uma espécie de coronelismo pós-modernista, revisto e, aparentemente, sem uma força que se lhes oponha de forma consistente. Um anacronismo se considerarmos que o Tocantins foi criado sob princípios contemporâneos e por uma Constituição moderna com a finalidade de enterrar vícios do passado, circunscrevendo-os apenas à história. Mas não é o ponto".
Certísssimo. Como é certo também que Eduardo continuará a comandar o Estado. Apenas está criando uma imagem ilusória, para eleitores menos informados, que será um pleito sem o uso da máquina. Poderíamos até acreditar se o governador não fosse seu pai, Siqueira Campos, e se não soubéssemos que Eduardo controla a administração tocantinense.
Armando Costa analisa muito bem a rejeição do filho do governador: "...o político é rejeitado porque a população talvez não o conheça. No outro, a rejeição se dá justamente pelo seu conhecimento". Ou seja, em matéria de rejeição Eduardo está naquela situação: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Duas candidaturas estão colocadas: Marcelo x Eduardo. Marcelo lidera as pesquisas, está em situação inversa de seu oponente Eduardo, que lidera a rejeição. Demais candidatos que venham a postular ser candidato ao governo, é apenas jogo de cena, ou para alavancar negociações eleitorais.
Se Marcelo Miranda já era tido, pela imensa maioria da população, como perseguido por ter "ajudado aos pobres", agora com a possibilidade de assumir vaga no Senado, para qual foi eleito mas impedido, assumindo em seu lugar o Vicentinho, Miranda vem com força total para retornar ao governo.
Tenham certeza que o jogo será duro. Partidários tomam posições, marcelistas, e siqueirista. E mais uma vez Miranda sai na frente, pois os marcelista são abnegados, apaixonados e conta em seu meio com muitos siqueiristas, que ainda não assumiram sua paixão marcelista por medo de perseguição, ou por ainda estarem tendo vantagens na administração.
Com o quadro que começa a se desenhar, e se confirmado ser apenas esses dois os candidatos, podemos antever a surra humilhante que o filho do governador tomará nas urnas, para alegria de milhares que já foram perseguidos pelo "ditadorzinho", desde governos anteriores.
